Hoje, vamos abordar uma dúvida recorrente sobre conceitos contábeis: a diferença entre Depreciação, Amortização e Exaustão.
Antes de entrar nos conceitos, é importante entender que todos os investimentos* realizados pela empresa não duram para sempre (há algumas exceções como terrenos ou obras de arte). Isto é, vão perdendo o valor continuamente ao longo do tempo.
*Exemplos de investimentos são a compra de bens como máquinas, móveis ou os gastos em treinamentos e capacitações. Esses desembolsos geram um ativo que ficará na empresa por um período mais longo, criando valor a médio ou longo prazo.
Dessa forma, a depreciação, amortização ou exaustão são a perda de valor do ativo durante o tempo que ele vai ser utilizado pela empresa, antes de precisar ser descartado e substituído por um novo.
O tempo de vida útil de cada ativo vai variar de acordo com alguns fatores, como determinações legais, nível de utilização, condições de uso, exposição ao clima, qualidade dos materiais e outras variáveis.
A depreciação é a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade, ação da natureza ou obsolescência.
Exemplos:
∙ Edifícios;
∙ Máquinas e equipamentos;
∙ Móveis e utensílios;
∙ Instalações;
∙ Automóveis;
∙ Computadores.
A amortização é a perda do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exemplos:
∙ Marcas e patentes;
∙ Softwares e websites;
∙ Direitos autorais;
∙ Know-how (no caso de transferência de propriedade intelectual, métodos produtivos, etc.)
∙ Tecnologia.
A exaustão é a redução do valor necessário à exploração dos recursos naturais esgotáveis como os recursos minerais ou florestais.
A medida que os recursos minerais vão se exaurindo, registra-se a quota de exaustão. Tratando-se de floresta natural, a quota de exaustão será determinada mediante relação percentual entre os recursos florestais extraídos no período e o volume dos recursos florestais existentes no início do mesmo período.
Exemplos:
∙ Florestas;
∙ Jazidas de metais (ferro, ouro, alumínio, etc.);
∙ Jazidas de rochas;
∙ Canaviais ou pastagens;
∙ Reservas de petróleo.
Como os investimentos possuem uma vida útil máxima, após um certo período, será necessário que a empresa realize um novo investimento para repor o item que sofreu a depreciação, amortização ou exaustão e que precisou ser descartado ou perdeu sua serventia.
Por isso é importante saber como calcular a depreciação e amortização de acordo com o valor que o bem perderá ao longo de sua vida útil e mensalmente prover esse valor para a compra de um novo bem.
A empresa, inclusive, pode utilizar essa “despesa” para abater do lucro e, consequentemente, mudar a base de cálculo para o pagamento de tributos como o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Vamos a um exemplo:
Uma empresa comprou um equipamento necessário à produção que custou R$ 36 mil. A vida útil do mesmo é de cinco anos. Isto é, ele depreciará em 60 meses. Assim, o cálculo é de que todo mês a empresa deverá abastecer o caixa com R$600 e, ao final de cinco anos, terá o valor suficiente para realizar uma nova compra desse equipamento.
O mesmo vale para qualquer outro bem fundamental para empresa, seja o ativo tangível, intangível ou recurso natural esgotável.
Esses conceitos são muito importantes no planejamento orçamentário de qualquer empresa.
E aí, conseguiu entender a diferença entre depreciação, amortização e exaustão? Se tiver mais dúvidas sobre o assunto é só entrar em contato conosco: contato@stepconsultoria.com