O estudo de viabilidade econômica e financeira busca, principalmente, medir e/ou analisar se um investimento é seguro ou não, avaliando e medindo os custos e benefícios do projeto em questão.
Ele deve ser feito quando houver um projeto em fase de avaliação, seja a abertura de uma nova empresa, a expansão de um negócio ou um investimento em novos equipamentos, por exemplo.
O resultado desse estudo dará ao empresário uma base de dados confiáveis para avaliar se vale a pena investir no negócio, além de permitir um olhar mais profundo para saber se algo que era inviável pode virar possível visto a realidade da empresa.
Como falamos acima, essa análise mede se um investimento trará retorno ou não para o investidor. Sendo assim, vamos trabalhar dois exemplos:
Antes de abordarmos como fazer essa análise, vamos entender melhor do que se trata a viabilidade econômica e financeira.
– Viabilidade Econômica: avalia os custos e benefícios do projeto. Ele permite visualizar se algo que era inviável pode mudar seu status para viável.
– Viabilidade Financeira: se o econômico analisa como o projeto pode afetar a economia da empresa, a Viabilidade Financeira estima o total de investimento necessário para colocar o projeto em prática. Para isso, são analisados alguns fatores, como capital inicial, despesas, receitas e rendimentos.
Para fazer uma análise de viabilidade econômica e financeira alguns pontos devem ser observados: projeção de receitas que o projeto terá; projeção de custos, despesas e os investimentos necessários; projeção de fluxo de caixa e análise de alguns indicadores calculados em cima dos dados projetados.
O ideal é que um projeto só seja iniciado após ter sido projetado o montante de receita que o empresário espera receber em um determinado espaço de tempo. Essa projeção é realizada para identificar a capacidade que o negócio tem de gerar dinheiro para o investidor.
Essa projeção costuma apontar quanto se espera faturar e a intenção de crescimento durante o período avaliado.
Mas atenção! É preciso conhecer muito bem o mercado e considerar picos de sazonalidade, se houver.
Assim como a receita, as estimativas de custos, despesas e investimentos também precisam ser analisadas: quanto de investimento o projeto precisará? Quais são seus custos operacionais?
Isso engloba todas as despesas fixas (água, luz, aluguel, salários), custos variáveis (comissão, participação nos lucros, gratificação) e impostos.
Assim como na projeção de receitas, é preciso seguir algumas premissas. A principal delas é a de que devem existir custos, despesas e investimentos que justifiquem a sua projeção de receitas. Por exemplo, se estamos analisando a viabilidade de abertura de uma nova empresa, as vendas dependerão da capacidade de produção, ou seja, eles estão interligados.
É um erro considerar apenas um investimento inicial e assumir que a estrutura da empresa ou do projeto não irá se modificar.
O fluxo de caixa é um instrumento muito importante para a gestão financeira de uma empresa. De forma superficial: ele aponta o montante de caixa recebido e gasto do negócio.
A projeção dos fluxos de caixa é essencial para o estudo de viabilidade financeira. Ele será obtido a partir da diferença entre as duas projeções anteriores, despesas e receitas. A partir dele, é possível verificar o saldo de caixa para o determinado período que será projetado.
>>> Veja cinco dicas simples, mas fundamentais para uma boa gestão do fluxo de caixa”.
Depois das projeções, chegou a vez de analisar os indicadores. É nesta etapa que descobrimos se o investimento deve ou não ser realizado. Com os indicadores, identificamos a viabilidade e a expectativa de lucros, além do tempo necessário para recuperar o total investido.
Existem vários indicadores para analisar a viabilidade econômica e financeira de um projeto. Aqui, abordaremos apenas três: o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback.
O VPL analisa todos os fluxos de caixa esperados pelo investimento, em uma mesma data. Ele é o resultado da diferença entre o valor investido e aquele que será resgatado ao fim do investimento, trazidos ao valor presente, utilizando uma taxa de desconto no cálculo conhecida como Taxa Mínima de Atratividade (TMA)*.
Resumidamente, a utilização desse indicador tem o objetivo de saber se um projeto vale mais do que ele custa.
Se o resultado do cálculo do VPL for positivo, significa que o projeto tem capacidade de gerar lucro. Caso seu valor seja nulo (zero), significa que o projeto se paga ao longo dos anos, mas sem gerar lucro. E por fim, se o resultado for negativo, significa que o projeto não gera lucro e sim prejuízo.
*Taxa Mínima de Atratividade (TMA): representa o retorno mínimo esperado para um investimento. Ela é definida levando-se em consideração a fonte de capital (próprio ou através de empréstimos), além da margem de lucro que se espera obter com o investimento, entre outros.
Representa a rentabilidade de um projeto. Expressa na forma de uma taxa percentual, segue a periodicidade dos fluxos de caixa. Isto é, se os fluxos de caixa são mensais, então a TIR também será mensal.
Ao se analisar a TIR, deve-se ter em mãos a TMA do investimento, pois será necessário comparar essas duas taxas. Ao se fazer a comparação, depara-se com três possíveis cenários.
1- TIR é maior que a TMA: significa que o retorno é maior ou igual ao mínimo que o investidor espera receber, ou seja, seu projeto consegue pagar o investimento e ainda sobra capital (lucro).
2- TIR = TMA: o projeto consegue pagar o investimento sem gerar lucro.
3- TIR é menor que a TMA: o projeto não consegue sequer pagar o investimento, gerando prejuízo. Isto é, o projeto é considerado inviável.
É o período de retorno do investimento, ou seja, quanto tempo um projeto levará para gerar os retornos que paguem o investimento.
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O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira mune o empresário de informações baseadas em diversos critérios que, analisados em conjunto, permitem que decisões sejam tomadas com total clareza.
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